Água Calcária

Água Calcária

Em Sete Lagoas é divulgado “de boca em boca” que a água da cidade por ser muito calcária, ainda que potável, causa pedras nos rins. Trata-se realmente de um mito, pois ao contrário do que é difundido, este tipode água não faz mal nenhum à saúde, mas pelo contrário ela traz benefícios à saúde humana. Entretanto como tudo na vida tem-se vantagens e desvantagens, a água com dureza causa alguns inconvenientes como entupimento de chuveiros.

A água fornecida pelo SAAE em Sete Lagoas tem dureza média de cálcio em torno de 140,0 mg/l e dureza total média em torno de 195,0 mg/l, parâmetros portanto abaixo do mínimo exigido pela Organização Mundial de Saúde que é de 500mg/l Fonte: Portaria 2914/11 – MS).

Conforme artigo que reproduzimos abaixo podemos confirmar e tranquilizar os moradores da cidade provando que os benefícios são bem maiores que os inconvenientes de uma água “dura”.

Leia este artigo extraído do link http://www.diclorina.com.br/agua-alcaria.htm

Há regiões onde as cidades são abastecidas por água calcária em função da característica do solo calcário. Água calcária é uma denominação de uso popular. Tecnicamente a denominação é “água dura”, água que tem alta concentração de cálcio e magnésio.

Vários estudos tentaram correlacionar a constituição físico-química da água potável de determinadas regiões com a incidência de litíase renal (pedras nos rins). Existe um mito em diversas regiões brasileiras de que a água potável com elevada dureza se associa à maior incidência de cálculos. Alguns investigadores sugerem que a água com elevada dureza se associa à maior formação de cálculos urinários em humanos (pedras nos rins).

Investigadores observaram até mesmo uma correlação negativa, ou seja, menor incidência de litíase com água dura. Segundo Salkly1, o predomínio do magnésio na água dura poderia exercer fator protetor para a litogênese renal. Estudos experimentais também demonstraram um efeito benéfico do magnésio contra nefrolitíase por oxalato de cálcio.

Similarmente, Rose ET AL2 observaram uma incidência de 11,1 casos em 1000 admissões por cálculo renal em uma região abastecida por água de baixa dureza (6 mg/litro CaCO3) contra 2,5 casos quando a água atingia a dureza de 100 mg/litro CaCO3. Churchill3 também observou marcado incremento na incidência da urolitíase quando a dureza da água utilizada era menor que 50 mg/litro CaCO3. Em Lagoa Santa, Sete Lagoas, Montes Claros, entre outras cidades do norte de Minas, a média de dureza é de 250 mg/litro CaCO3.

Apesar da observação de vários investigadores, de que o aumento de ingestão de água mineral com baixo teor de cálcio estaria relacionado a uma menor incidência de litíase, ainda existe controvérsia quanto a essa associação, já que alguns autores encontraram inclusive uma correlação negativa, na qual o uso de água mineral com alto teor de cálcio teria contribuído para reduzir a cristalúria e consequentemente reduzir a incidência da litíase renal. Esta hipótese é justificada com dados que mostram que a baixa ingestão de cálcio leva a uma maior absorção intestinal de oxalato, com consequente aumento da litíase.

Nota: A água mineral mais famosa do mundo, a francesa Perrier, tem na sua composição 155 mg/litro de Ca +2. O “doutor das águas” Levenstein Filho4 atribui ao magnésio presente na água efeitos benéficos para a saúde humana, incluindo menor incidência de doenças cardiovasculares e renais e aumento da quantidade de colágeno, “responsável pela constituição celular (…) bom para manter a pele jovem e saudável”.

Referências:
1 Salkly R. Handaoui. Estude sur les caracteristiques physico-chimiques dês eaux dês puits dans la region de Kairouan et l’incidence dês lithiases renales. Physico-chemical characteristics of water in the kairouan region and incidence of kidney lithiasis. Tunis Med 1990;68:291-7.

2 Rose AG, Westbury Ej. The influence of calcium content of water, intake of vegetables and fruit and of other food factors upon the incidence of renal calculi. Urol Res 1975;3:61-6.

3 Churchill DN, Bryant D. Fodor G, Gault MH. Drinking water hardness and urolithiases. Ann Intern Med 1978;88:513-4.

4 Levenstein Filho, H. Doutor das águas. Gol Linhas Aéreas Inteligentes. 68:84-88 p. 2007.

Júlio C. P. Lima - CRQ 2400555 2ª Região

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